Reinaldo,
Sim, a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi realmente um evento grandioso, competente, bonito, exatamente o que se espera de um espetáculo dessa envergadura. Agora, para quem um pingo é letra e meia palavra basta, o roteiro seguiu exemplarmente a cartilha de Goebbels, marqueteiro de Hitler. Desde a econômica participação de Paulinho da Viola (que admiro como artista) colaborando para resumir um símbolo nacional a uma vaga lembrança na já falha memória do brasileiro comum até o encerramento com Wilson das Neves fazendo uma verdadeira invocação aos mortos.
E a narrativa foi de fomento explícito à ideologia marxista. Entre o início e o fim do espetáculo, uma enxurrada de mensagens subliminares com idiotização político-partidária e negação da existência de Deus. É só observar a representação da criação da vida a partir do surgimento de bactérias e desenvolvimento de criaturas.
A representação da História do Brasil parece linda e foi, porém, fizeram questão de enaltecer o conflito de raças e origens, chegando ao ponto de destacar a colaboração de alguns povos em detrimento de outros. E é gritante a ausência da representação de povos de origem europeia para que haja um esquecimento no inconsciente popular da contribuição desses para a formação do Brasil.
Ora, na ótica comunista, o branco europeu e tudo que o represente será sempre o símbolo da opressão. A solução então foi enaltecer a comunidade árabe e japonesa. Sim, deram e dão grande e valorosa contribuição à nossa nação. Mas, o importante aqui é entender o que está nas entrelinhas do discurso politicamente correto. Enaltecer uma incursão da cultura árabe num momento em que o mundo está como que anestesiado com os ataques terroristas islâmicos? E a representação da imigração japonesa que mais parecia um exército de Mao Tse Tung (chinês comunista), que nada tem a ver com o Japão?
Outra cena que deixou muitos admirados foi a representação do surgimento das cidades com a música "Operário em Construção", de Chico Buarque, um dos maiores aliados de PT & Cia no Brasil comunista.
A homenagem a Alberto Santos Dumont também foi excelente. Mas, por trás dessa homenagem, podemos claramente ver que era um duelo marxista contra o que eles chamam de "imperialismo norte-americano", querendo que, como em uma vingança, rechaçar o discurso americano de que seriam os irmãos Wright que teriam inventado o avião.
Gisele Bündchen, ao som de Garota de Ipanema de Tom Jobim, cantada pelo neto dele, andando sobre o que disseram ser projeções de traços de Oscar Niemeier, trouxe ao imaginário popular a figura de uma entidade de religião de origem afro, Iemanjá, principalmente depois de portais na internet revelarem a notícia de que, naquele mesmo dia pela manhã, ela teria dado "pulinhos de alegria" na Praia de Ipanema, uma alusão à cerimônia que quem acredita presta à tal entidade de saltar sete ondas do mar. E os tais traços de Niemeier mais pareciam a espuma das ondas quebrando na praia, reforçando mais ainda o imaginário. A apresentação de Elza Soares foi outra forma de negar a cultura cristã, interpretando "Canto de Ossanha", de Vinícius de Moraes.

O diretor do espetáculo, o cineasta Fernando Meireles registrou em seu próprio Twitter e em declaração à BBC de Londres que a cerimônia serviria sim para criar uma narrativa ideológica e política. E assim foi, fazendo o espectador crer que a vida na favela é melhor que em qualquer outro lugar do mundo, glamorizando a pobreza, reforçando a agenda comunista com o foco na ideologia de gênero, no feminismo e no empoderamento das mulheres e na questão climática e ecológica, levando o homem a acreditar que a saída é servir à criatura e não ao criador.
Tudo temperado pela louvação ao voluntariado, ao esforço empregado sem ser por ninguém valorizado além das palavras e de reconhecimentos vazios, sem valorização real, em espécie. Afinal, isso é coisa de opressor capitalista, né? Só que não!
Reinaldo, você termina seu artigo dizendo que "Afinal, era uma solenidade para o país". Não, Reinaldo, você está enganado era uma solenidade para o mundo, um recado da Internacional Comunista dizendo: "Nós não desistimos da Ditadura do Proletariado".
Termino meu comentário dizendo que eu não desisti de lutar contra o comunismo. E você, Reinaldo, desistiu?
Graça e paz!
Fedora
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